
Com a cooperação, mais de sete mil pacientes diabéticos de 16 municípios, incluindo Salvador e região metropolitana, participarão do programa internacional, que vai receber investimento de R$ 1,5 milhão. A iniciativa capacitará pessoas para desenvolverem ações de prevenção até 2019, e também qualificar mais de 800 profissionais de saúde. Segundo a diretora fundadora do Cedeba, Reine Chaves, a meta é identificar 49 unidades da atenção básica para assistência ao diabetes, que “serão pontos de sustentação, evitando que pacientes sejam encaminhados desnecessariamente para o Cedeba”.
Os pacientes do centro contam com equipe multidisciplinar e participam de grupos de convivência, onde aprendem a lidar com as doenças e são estimulados a praticar o autocuidado. Seu Edésio Santana, 68 anos, há 23 é atendido na unidade. “A qualidade de vida melhora porque a gente põe em prática o que o médico determina. Eu venho de seis em seis meses, o diabetes está controlado. Faço exercícios, não como nada que piore minha situação, sigo a rotina que a médica passa. De todos os lugares que já passei, esse aqui é o melhor”.
O acompanhamento é feito por uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, assistentes sociais, médicos e nutricionistas. A unidade é responsável também pela distribuição de medicamentos de alto custo. Para ser paciente do Cedeba, é preciso passar antes pela rede de atenção básica. A coordenadora técnica Flávia Resedá explica que o paciente não pode procurar a unidade por conta própria. “Um médico é que tem entender que ela atende aos critérios e encaminhá-la para o Cedeba. A partir daí, o paciente vai passar por uma triagem. Depois é que ele vai ser encaminhado para o ambulatório específico, de diabetes, de tireóide, de obesidade ou qualquer outra endocrinopatia”.
A diretora Reine Chaves destacou que a formação de profissionais é um dos destaques da unidade, que possui também um núcleo de residência médica. Essa iniciativa “foi um passo fundamental para que nós pudéssemos formar especialistas, médicos, porque, dentro da realidade do SUS [Sistema Único de Saúde], o médico tem o contato com a realidade do que acontece com o paciente e com o sistema. Então, o Cedeba está contribuindo para a formação de cada dia mais profissionais”.
Fotos: Elói Corrêa/GOVBA